A segurança na estrada começa em cada um de nós, mas nem todos fazem a sua parte. O que, por vezes, resulta em infelizes acidentes. De acordo com a Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), entre 2010 e 2022 registaram-se 415 948 acidentes rodoviários, dos quais resultaram mais de meio milhão de feridos e, para desgosto de muitas famílias, 8 512 mortos.
De forma a contribuirmos para a redução destes números, hoje reforçamos o nosso compromisso com a Segurança Rodoviária nas estradas portuguesas através deste artigo. Alertando os condutores para más práticas durante a condução e dando-lhes conselhos para os ajudar quando o acidente acontece.
Principais causas dos acidentes rodoviários
Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), as principais causas de acidentes rodoviários são:
- Excesso de velocidade;
- Consumo de álcool antes de conduzir;
- Condições atmosféricas adversas;
- Estradas em mau estado;
- Desatenção (nomeadamente conduzir e falar ao telemóvel ao mesmo tempo);
- Desrespeito pelas regras de trânsito;
- Falhas nos dispositivos de segurança do veículo/falta de manutenção.
Estas são apenas as principais causas dos acidentes rodoviários nas estradas portuguesas, mas podiam caber aqui muitas outras. Há no entanto, formas de nos precavermos ao máximo.
Dicas de prevenção rodoviária
Para evitar ficar envolvido num acidente de carro, tome nota destas cinco dicas de condução defensiva:
1ª Respeite os limites de velocidade
Como vimos, o excesso de velocidade é a causa mais comum para um acidente de carro, por isso lembre-se: cumpra sempre com os limites de velocidade estipulados por lei.
Apesar de não reduzir a probabilidade de acidente a zero, conduzir dentro dos limites legais de velocidade ajuda a que, em caso de impacto, os prejuízos físicos e materiais sejam menores. Já que, quanto maior a velocidade, menor o tempo de reação e de mais distância precisará para imobilizar a sua viatura.
Um menor tempo de reação significa também que, caso algum veículo esteja num dos pontos mortos de visão do carro, o condutor não terá tempo de corrigir a sua rota. Para mitigar este problema a Kia desenvolveu um sistema de segurança chamado “Assistência à Prevenção de Colisões pelo Ângulo Morto” que vai alertar o condutor se houver um veículo não visível muito perto e pode auxiliar numa travagem de emergência para evitar o embate.
Além dos acidentes, o excesso de velocidade é também motivo de contraordenação e de retirada da carta.
2ª Mantenha uma distância de segurança relativamente ao veículo que circula à sua frente
Como nos diz o artigo 18º do Código da Estrada, “O condutor de um veículo em marcha deve manter entre o seu veículo e o que o precede a distância suficiente para evitar acidentes em caso de súbita paragem ou diminuição de velocidade deste.”
E embora não haja uma medida exata para o que é uma distância de segurança, ela deve ser suficiente para que tenhamos tempo de reagir e imobilizar o veículo face a um obstáculo inesperado. Segundo o IMT, “Se o tempo médio de reação é de cerca de 1 segundo, então a distância de segurança deve ser sempre superior. Ou seja, se por exemplo circular a 60kms/h, então deve guardar uma distância mínima de aproximadamente 18 metros.”
Contudo, como nem sempre é possível manter a distância de segurança, os novos Kia vêm equipados com o sistema ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) que, entre outras coisas, lhe vai proporcionar usufruir de um Advanced Smart Cruise Control 2 inteligente que o ajuda a manter a velocidade e a distância de segurança em relação ao carro da frente, bem como monitores de visão periférica que oferecem uma visão aérea 360º graus do carro e ambiente circundante.
Não beba álcool antes nem durante a condução
Além de diminuir o tempo de reação, a euforia causada pelo álcool poderá fazer com que se sinta mais confiante e acelere em demasia, o que poderá provocar um acidente de carro.
Caso seja apanhado pelas autoridades com um valor de alcoolemia superior ao permitido, poderá ser sancionado com o pagamento de avultadas multas e até ser condenado a pena de prisão.
Não fale ao telemóvel enquanto conduz
A não ser que o seu telemóvel esteja conectado a um sistema de conversação “alta voz” ou a um sistema Bluetooth, conduzir e, simultaneamente, falar ao telemóvel, enviar mensagens ou fazer pesquisas na Internet deve ser algo a evitar.
Use sempre cinto de segurança
Para além de ser de uso obrigatório, o cinto de segurança pode, literalmente, ser a diferença entre um susto e um acidente de carro que culmine em sérias consequências físicas.
Neste sentido de prevenção de acidentes, a Kia desenvolveu um sistema de segurança de “Assistência à Prevenção de Colisões frontais” que vai travar o carro se detetar que este está demasiado perto do veículo da frente (ou de um peão).
No caso de transportar crianças com 135 cm de altura ou até 12 anos de idade, utilize o sistema ISOFIX da sua viatura para fixar a cadeira ao banco.
Verifique o estado dos pneus
Deve verificar de forma regular o estado geral dos pneus, já que pneus carecas ou com pressão inadequada são o primeiro passo para sofrer um despiste ou entrar em aquaplanagem.
Faça pausas
Sono e fadiga são uma das causas de acidente rodoviário mais comuns, nomeadamente em viagens longas. Razão pela qual a Kia desenvolveu o sistema de segurança de “Assistente de Fila de Trânsito 2”, ele garante ao condutor que o carro se mantém dentro da faixa de rodagem e, ao mesmo tempo, emite um alerta se detetar que o condutor não tem as mãos no volante.
Por isso, quando estiver a fazer uma grande viagem, aconselhamos a que pare. É recomendado que o faça a, sensivelmente, cada 2h. Se possível, reveze a condução com uma outra pessoa. Não se esqueça, ainda, de se hidratar e alimentar ao longo de toda a viagem.
O que fazer em caso de acidente rodoviário?
Apesar de todos os conselhos que lhe demos até agora, os acidentes podem ser causados, simplesmente, por terceiros. Sem qualquer envolvimento nosso. Caso, um dia, tenha um acidente rodoviário, eis o que deve fazer:
1º Passo: tente manter-se calmo e chame as autoridades competentes
Sabemos que pode não ser fácil manter a calma depois de um acidente de carro, especialmente quando a culpa foi do outro condutor, mas se o fizer estará a salvaguardar-se a si e aos seus. Caso anteveja um conflito com outros condutores, o melhor a fazer é manter-se dentro do carro e chamar as autoridades (PSP, GNR, etc.).
2º Passo: avalie o estado de saúde dos ocupantes
Ainda dentro do seu automóvel, procure perceber se alguém sofreu ferimentos graves. Em caso de resposta positiva, ligue imediatamente para o 112.
3º Passo: Sinalize o seu veículo e vista o colete refletor
Caso o acidente não tenha provocado ferimentos em ninguém, é altura de sair do carro e vestir, de imediato, o colete refletor. Nesse momento, pegue no seu triângulo de sinalização e coloque-o, se possível, a 30 metros da retaguarda de onde aconteceu o acidente.
4º Passo: Preencha a declaração amigável
Neste documento irá constar o nome dos condutores, a marca, a matrícula, a seguradora e a apólice de cada uma das viaturas envolvidas, hora e local do acidente.
Além destes dados, tente perceber se existem testemunhas do seu acidente de carro. Em caso positivo, anote as suas identidades e contactos telefónicos.
Caso não se chegue a um acordo quanto à responsabilidade do sinistro, cada um dos condutores envolvidos preenche a sua DAAA e entrega-a na seguradora do outro condutor. Caberá, então, às seguradoras apurarem o responsável pelo acidente rodoviário. Se continuar a persistir a dúvida, o último passo é a via judicial.
5º Passo: Comunique o acidente à sua seguradora
Por último, participe o acidente em que se viu envolvido à sua seguradora enviando-lhe, para esse efeito, a DAAA preenchida e assinada. Se se justificar, envie-lhes também o auto da polícia no prazo de 8 dias a contar da data do acidente.
O acidente ocorreu fora de Portugal. E agora?
Caso o acidente tenha ocorrido no estrangeiro ou com uma viatura com matrícula estrangeira deve, além dos cinco passos que explorámos anteriormente, contactar imediatamente o Gabinete Português de Carta Verde (GPCV).
Por último, antes de viajar de carro para fora de Portugal, deve verificar se o seu seguro automóvel pode ser ativado no país de destino.